As primeiras referências encontradas sobre esta rua datam de 1875. Naquela época ela era apenas uma trilha de terra batida que começava na entrada da Chácara do Capão (altura da Rua D. Antonia de Queiroz) e seguia até o topo do Morro do Caaguaçú, local onde hoje se desenvolve a Avenida Paulista. Alguns pesquisadores apontam para ela a primitiva denominação de Rua Maria Augusta, porém, nada de oficial existe a respeito. A sua representação mais antiga encontra-se no mapa da cidade de 1897, onde ela já aparece com a denominação de Rua Augusta. O grande responsável pela urbanização da antiga trilha e a sua consequente transformação em uma rua foi o português Mariano Antonio Vieira, proprietário da Chácara do Capão cuja área ele comprou em 05 de abril de 1880. No interior desta propriedade, Mariano abriria o bairro da Bela Cintra e diversas outras ruas como a Frei Caneca e a Rua da Real Grandeza, atual Avenida Paulista. Como que para complementar as obras ali realizadas, Mariano A. Vieira decidiu urbanizar a velha trilha pois, dessa maneira, o novo bairro teria uma via de acesso rápido até o centro da cidade. Segundo depoimentos da época, ele teria dito: "Agora vou abrir a rua por onde os bondes elétricos deverão subir até á Avenida (Paulista) porque as ruas existentes têm trechos muito íngremes de todo impróprios para transitarem veículos mesmo que sejam bondes elétricos." O fato teria ocorrido entre 1890 e 1891, período este em que os bondes paulistanos ainda eram "puxados" por burros e a eletricidade ainda era quase um sonho (o primeiro bonde elétrico de São Paulo somente seria inaugurado em 1900). O fato é que em 1891 ela já estava aberta no trecho entre a Rua Caio Prado e a Avenida Paulista. Entre 1910 e 1912 ela foi estendida até a Rua Álvaro de Carvalho, sendo oficializada em 1927. Até 1942 a Rua Martins Fontes fazia parte da Rua Augusta, ocasião em que foi desmembrada (Decreto Lei n.º 153/1942). Do lado oposto - em direção aos Jardins - seu prolongamento até a Rua Estados Unidos foi oficializado em 1914. O NOME AUGUSTA: Até o presente (2004) os dados coletados não são suficientes para explicar a origem desta denominação. Podemos apenas indicar um possível caminho, pois tudo leva a crer que o responsável pela abertura da rua, o português Mariano Antonio Vieira, não quis homenagear uma pessoa e sim aplicar algo como um adjetivo ou título de nobreza ao chamá-la de "Rua Augusta". Colabora para esta versão o fato de que o mesmo Mariano ao abrir uma "picada" no alto do morro do Caaguaçú chamou este logradouro de Rua da Real Grandeza. Fonte: Legislação Municipal, Acervo do Arquivo Histórico Municipal e VIEIRA, Antonio Paim - Chácara do Capão, In "Revista do Arquivo Municipal", Vol. CXVIII, São Paulo, Departamento de Cultura, 1952. O Ato 699, de 7 de julho de 1914 estende a denominação até o loteamento Jardim América. Pelo Ato 972, de 24 de agosto de 1916 o nome da via ficou reconhecido como oficial por constar na Planta da Cidade produzida nesta época pela Divisão Cadastral da "Directoria de Obras e Viação" da Prefeitura.
LEI nº: 682 de 23/10/1903
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As primeiras referências encontradas sobre esta rua datam de 1875. Naquela época ela era apenas uma trilha de terra batida que começava na entrada da Chácara do Capão (altura da Rua D. Antonia de Queiroz) e seguia até o topo do Morro do Caaguaçú, local onde hoje se desenvolve a Avenida Paulista. Alguns pesquisadores apontam para ela a primitiva denominação de Rua Maria Augusta, porém, nada de oficial existe a respeito. A sua representação mais antiga encontra-se no mapa da cidade de 1897, onde ela já aparece com a denominação de Rua Augusta. O grande responsável pela urbanização da antiga trilha e a sua consequente transformação em uma rua foi o português Mariano Antonio Vieira, proprietário da Chácara do Capão cuja área ele comprou em 05 de abril de 1880. No interior desta propriedade, Mariano abriria o bairro da Bela Cintra e diversas outras ruas como a Frei Caneca e a Rua da Real Grandeza, atual Avenida Paulista. Como que para complementar as obras ali realizadas, Mariano A. Vieira decidiu urbanizar a velha trilha pois, dessa maneira, o novo bairro teria uma via de acesso rápido até o centro da cidade. Segundo depoimentos da época, ele teria dito: "Agora vou abrir a rua por onde os bondes elétricos deverão subir até á Avenida (Paulista) porque as ruas existentes têm trechos muito íngremes de todo impróprios para transitarem veículos mesmo que sejam bondes elétricos." O fato teria ocorrido entre 1890 e 1891, período este em que os bondes paulistanos ainda eram "puxados" por burros e a eletricidade ainda era quase um sonho (o primeiro bonde elétrico de São Paulo somente seria inaugurado em 1900). O fato é que em 1891 ela já estava aberta no trecho entre a Rua Caio Prado e a Avenida Paulista. Entre 1910 e 1912 ela foi estendida até a Rua Álvaro de Carvalho, sendo oficializada em 1927. Até 1942 a Rua Martins Fontes fazia parte da Rua Augusta, ocasião em que foi desmembrada (Decreto Lei n.º 153/1942). Do lado oposto - em direção aos Jardins - seu prolongamento até a Rua Estados Unidos foi oficializado em 1914. O NOME AUGUSTA: Até o presente (2004) os dados coletados não são suficientes para explicar a origem desta denominação. Podemos apenas indicar um possível caminho, pois tudo leva a crer que o responsável pela abertura da rua, o português Mariano Antonio Vieira, não quis homenagear uma pessoa e sim aplicar algo como um adjetivo ou título de nobreza ao chamá-la de "Rua Augusta". Colabora para esta versão o fato de que o mesmo Mariano ao abrir uma "picada" no alto do morro do Caaguaçú chamou este logradouro de Rua da Real Grandeza. Fonte: Legislação Municipal, Acervo do Arquivo Histórico Municipal e VIEIRA, Antonio Paim - Chácara do Capão, In "Revista do Arquivo Municipal", Vol. CXVIII, São Paulo, Departamento de Cultura, 1952. O Ato 699, de 7 de julho de 1914 estende a denominação até o loteamento Jardim América. Pelo Ato 972, de 24 de agosto de 1916 o nome da via ficou reconhecido como oficial por constar na Planta da Cidade produzida nesta época pela Divisão Cadastral da "Directoria de Obras e Viação" da Prefeitura.
LEI nº: 682 de 23/10/1903
Legislações posteriores: